quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Vereador Fabrício Soares cria projeto que alerta sobre os riscos do uso indiscriminado de medicamentos na terceira idade

A organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que metade dos medicamentos consumidos no mundo é usada de forma incorreta, gerando sérias conseqüências como reações adversas, resistência bactériana, piora da doença e até a morte. Prova disto, o estudo realizado pelo Committee on Quality of Health Care in América revelaram que mais de 7 mil pacientes morreram em decorrência dos erros de medicação. O Brasil é o 9º país do mundo em consumo de medicamentos per capita. Este mercado movimenta no país 10 bilhões de dólares por ano.
Sabemos que a automedicação é uma mania dos brasileiros, incentivada pelo bombardeiro de publicidade de medicamentos. Um principio básico é não tomar remédio por conta própria, mesmos os fototerápicos (medicamentos a base de plantas), pois o mais inocentes dos chás pode provocar reações e causar problemas graves. Comparar com receita do vizinho ou a partir da orientação de um amigo também são péssimas opções. O medicamento bom para uma pessoa pode não servir para outra, mesmo que os sintomas sejam semelhantes. O uso incorreto de medicamentos pode atrasar o reconhecimento de doenças ou até mesmo agravá-las.

Estudos indicam que alguns medicamentos podem viciar, levando à dependência química, dentre outros riscos e complicações. Como características próprias da idade os idosos apresentam atrofia das mucosas do trato gastrointestinal, diminuição da absorção das substâncias nos intestinos, diminuição do metabolismo hepático e eliminação real. Se os idosos têm dificuldades de absorver os medicamentos, também tem dificuldade para metaboliza-los e elimina-los. Deixando-os mais susceptíveis as reações tóxicas e aumento do tempo de excreção dos medicamentos. As múltiplas doenças e suas complicações que o idoso, comumente, apresenta, motiva-o a procurar vários especialistas e geram inúmeros medicamentos, que são prescritos e muitas vezes conflitantes entre si.
“Sabemos que a carteira de saúde é a forma de minimizar este grave problema. Porém, somam-se aos problemas de prescrição, as características de recuperação e estabilização que os idosos apresentam, ou seja, recuperação lenta dos sintomas, motivando ao idoso procurar formas alternativas (remédios caseiros, indicações de conhecimento, etc) que acabam somando problemas e não criando soluções.”, ressaltou o vereador na sua justificativa.
Preocupado com as conseqüências do uso indiscriminado de medicamentos, o vereador Fabrício Soares Cardozo propõe atreves do projeto de Lei nº 74/2010 que seja feita uma campanha de alerta sobre o uso indiscriminado de remédios para pessoas da 3ª idade. A campanha será desenvolvida pela Secretaria Municipal da Saúde, junto as unidades de saúde sediadas no município.
O vereador espera que com a aplicação desta lei possamos informar melhor nossos idosos e a população em geral da importância de se consultar um médico antes de se medicar.
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